via oral

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Muitas pessoas passam por nossas vidas e precisamos ter o bom senso de saber quem é significante o suficiente para continuar a fazer parte da nossa insignificante existência. Haverá os homens de quem lembraremos o nome, passaremos por outros na rua sem tem a certeza se o conhecemos ou demos para ele, teremos os das boas chupadas, boas metidas, boas piadas, enfim, mas para permanecer é preciso que ele seja instigante e tenha algo a acrescentar.  

Eu olhava aquele homem com uma curiosidade absurda. Ele estava entre as minhas pernas conversando e brincando com o meu clitóris, enquanto analisava toda a minha vagina como que procurando entendê-la. Fiquei esperando o momento em que os dois começariam a bater um papo, discutir cinema, literatura etc. Confesso que estava delirando com o toque, mas uma coisa não saia da minha cabeça: será que ele faz isso para me agradar ou sente prazer em me dar prazer?

Eu indicava algumas coisas que deveriam ser feitas para o processo rolar naturalmente e sem reclamações. Não era preciso falar. Enquanto ele tentava fazer o tímido clitóris sair da toca, eu o olhava, colocava o dedo na boca e imediatamente ele entendia que era preciso lubrificação para deslizar gostoso, não foi necessário repetir a informação, até porque, minutos depois João resolveu usar a língua. Tinha o cuidado de só encostar na bolinha com a ponta da língua e brincava com movimentos variados.

Ele me observava e se mantinha atento a todas as minhas manifestações de prazer, insistindo nos pontos que percebia que o carinho fora eficiente ou me fizera soltar um gemido. Ficamos quase uma hora nesse deleite, eu o olhando, ele brincando com o clitóris e o clitóris com ele. Até pareciam amigos íntimos, tamanha foi a rapidez com que se entenderam.

Quando esse menino resolveu cair de boca de verdade, eu só conseguia dizer, gritar, sussurrar, grunhir:

– NÃO PARA! POR FAVOR, NÃO PARA!

A vontade com que ele chupava os lábios, puxando-os sutilmente, sugando-os, a rapidez com que movia língua e como tinha tesão em fazer aquilo, me excitava ainda mais. Ele passava o nariz e a barba na minha vagina sem se preocupar se ia ficar com cheiro, se ia se lambuzar, ou qualquer outra coisa. A dedicação era intensa e precisa.

Minhas pernas começaram a tremer sem que eu pudesse controlar. Eu estava a beira de um colapso de prazer. O orgasmo ali, na tampa, contido e meu corpo pedia mais e mais. Eu não conseguia respirar, me contorcia de tesão, queria aquele homem dentro de mim a todo custo. O único pensamento que passava pela minha cabeça é que eu precisava dar a ele a melhor transa de toda a sua vida. Não importava mais nada, nem sabia como seria a penetração, eu ia chupá-lo com as minhas entranhas. Ele poderia enfiar em qualquer buraco, pedir qualquer coisa, eu deixava.

“Onde você quer gozar, meu bem? Na boca ou prefere na bunda?”

Como era de se imaginar o orgasmo que senti foi a coisa mais impressionante que já aconteceu comigo em toda a minha humilde existência. Na hora em que o tesão explodiu, senti que meu corpo se desprendia de mim. Parecia que estava flutuando na água, sentia aquela sensação delícia, a cabeça vazia e o corpo aproveitando todo aquele momento de torpor. Talvez seja o que eles intitulam com nirvana.

E o João ali, me observando com um sorriso nos olhos e canto dos lábios e, com certeza, tinha o sentimento de dever muito bem cumprido.  

 

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